Ódio à Civilização Moderna

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Para as novas gerações, com o passar do tempo e a acumulação de ruínas a céu aberto do necro-museu do capitaloceno, os ensaios políticos de William Morris não perderam nem a sua acuidade crítica, nem a sua força política, nem a luminosidade íntegra de quem sonha e se empenha em revolucionar a vida.

WILLIAM MORRIS (1834-1896) previu o fascismo. Previu (e execrou) o socialismo de Estado. Previu (e lastimou) o Estado de Bem-Estar Social. Diante do cenário de um “serviço público capitalista levado à perfeição”, bradou: “Não atravessaria a rua para alcançar semelhante ideal”.

Como disse o historiador E. P. Thompson, Morris não tinha tempo para os bons selvagens, e menos ainda para a panaceia da burocracia estatal. Na sua visão, nenhuma intervenção mecânica vinda de cima poderia engendrar a ética da comunidade: “O homem individual não pode transferir os problemas da vida para os ombros de uma abstração chamada Estado”.

Repudiou o sucesso como outros homens repudiam a calúnia. Mergulhou nas profundezas mais intrincadas do artesanato. Nutriu o seu ódio pela civilização moderna ao traduzir sagas islandesas. Sentou-se deliberadamente em cima da sua cartola. Lançou a sua grande campanha pela protecção de edifícios antigos. Fundou o seu jornal matutino, porque a sua resposta foi tornar-se em um agitador revolucionário.

Para as novas gerações, com o passar do tempo e a acumulação de ruínas a céu aberto do necro-museu do capitaloceno, os ensaios políticos de William Morris, compilados nesta edição da Cornuda Radiante, não perderam nem a sua acuidade crítica, nem a sua força política, nem a luminosidade íntegra de quem sonha e se empenha em revolucionar a vida.

TÍTULO

Do Belo, do Justo e do Verdadeiro (e do) – Ódio à Civilização Moderna

AUTOR

William Morris

POSFÁCIO

E. P. Thompson

TRADUÇÃO

Júlio do Carmo Gomes

REVISÃO

Macabéa d’Oliveira

DESENHO ORIGINAL DA CAPA

Salomé Marek Gomes

DESIGN E PAGINAÇÃO

Ana Farias

PÁGINAS

184

FORMATO

14,5 X 21